quinta-feira, 5 de novembro de 2009

ROTEIRO DA LIBERDADE - Vanda Ferreira

Ouço meu mar.
Inquietude vermelha,
trajetória de meu coração,
implode, explode
e tudo pode!

Surfar em pranchas de sonho,
navegar em barcos de matutice,
cruzar sinais de glamourosos navios
da lua repartida em meu céu.

O vento passeante,
andarilho em torno dos neurônios,
fala ao pensamento cardíaco.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Acampamento


poesia da Bugra

Céu em Sol Nascente



(pag.62 do livro Bugresia - 6º livro de Vanda Ferreira)


Venha'miga, Desabrochadas flores na toalha


exalam bons perfumes;


As porcelanas se tocam, e o cheiro quente do café


condimenta o frescor da manhã.


Venha'miga, passarinhos em revoadas


cantam, cantam, cantam!


Hino à sagrada liberdade no tom de céu em sol nascente.


Venha'miga, as emergentes açucenas explodiram a terra seca


O canteiro florido acena uma dança do vento fazendo parte da cena.

Poema da Bugra

INVEJA e IRA (SETE PECADOS)




Vanda Ferreira



Há um tipo de lepra que come,

outra q bebe, outra que rasga;



Lepra que alfineta os roteiros de paz

funga a plantação de flores, mofa a fertilidade da terra.



Há o mal instalado em retorcido corpo

cunvulsivo de ira espionando o bem.



O mau sonda o bom

Portando em ambas mãos escancarado desejo de saquear;



Punhais, facões, tridentes;

rajadas sopradas de venenosas goelas

(labaredas de irises de incandescidos fornos)

tecem alastradas armadilhas

costuradas com perigosa linha de inveja,



lepra munida de sede, fome e outras incontidas ardências.

Quilométrica lingua cravada na garganta

de famintos vermes comendo vivas carnes;



Inveja lambe santas sangrias,

deposita venenos

para manter as alargadas chagas



Há tantos tipos de lepra...

arte da Bugra - pintura sobre alvenaria antiga


os filhos da Bugra


em defesa do meio ambiente - RODA DE PROSA COM A BUGRA


no Festival de Bonito/2009


em noite caipira no Camping do Café da Bugra


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Festival de Inverno de Bonito - MS - 2009

sexta-feira, 27 de março de 2009

Moda Viageira

Moda Viageira

Vejam só nossa fronteira é fazendeira
Lua cheia noite inteira
Tem a moda viageira

Terra roxa e também branca e vermelha
Minha casa não é de telha
Buriti barro e palmeira

Q saudade quando era só fazenda
Mulheres vestindo renda quanta festa lá na venda

Mato Grosso do Sul
É terra multicor
No cerrado nasce flor
Água salobra e mineral

Misturas de costumes
São tantas alegorias
Países muitas raízes
Rituais de alegria

A fronteira não divide o rio Paraguai
Pedra, argila e areia
De um país para outro vai

Do nascer e ao por do sol esse rio é cancioneiro
Suas margens sigilosas florescem o ano inteiro